Apesar de não ter sido premeditado foi algo pensado. Naqueles breves segundos que teve delineou a estratégia e plantou a semente. Agora era esperar que crescesse.
E fez-se como ela queria e tinha sugerido.
Agora era esperar.
A campainha tocou e à falta de voluntários para a abrir obrigou-a a largar o que tinha entre mãos e ir até lá. Plantar o sorriso falso de "bem vindo, entre sff" e abrir. E assim o fez.
O olhar de reconhecimento. A falta de palavras e a certeza que era mútuo. E agora? Fugir não era opção, lidar com a situação era a única forma. A semente germinara e ela esquecera-se que a plantara.
Minutos que pareceram durar horas. Não por serem incómodos, mas por guardarem neles e nas palavras de circunstância tantas coisas que queriam ser ditas ou feitas.
Os sorrisos, os olhares, os silêncios... gritaram tudo aquilo que estava a ser calado. E ambos ignoraram o apelo que ouviam e continuaram na rotina, naquilo que havia a fazer por ser o correcto.
E a porta fechou-se novamente. Mas a tensão ficou no ar, toda ela. A oprimi-la. A susurrar-lhe agora o que ficou por dizer. O caminho que não podia ter sido seguido.
A respiração voltou. Só que um bocadinho alterada.
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"O Sr. F. disse que o J. gostava muito da P."
Ai as coisas que uma pessoa escreve e lê....
1 comment:
...q até faz impressão! o q uma pessoa vê, e lê e ouve!
mas as vezes...faz uma certa impressão, e não se vê, nem se lê nem se ouve... sente-se! e tem-se a certeza q do outro lado se sente o mesmo... weird!
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