Sunday, September 28, 2008

Dass...

Que sou estúpida. E complicada. E que não sei aproveitar as coisas que me caem no colo...

Desculpa bebé. Por não ter aceite o convite e por nos ter desiludido a ambos...

Tosse

Haviam coisas guardadas há tempo demais. Que já sufocavam todas as coisas que aconteciam e podiam vir a acontecer. Porque não havia espaço ou força para mais.

E a moinha continuava. O pensamento que não se apagava com o tempo. Ele ia e vinha, mas nunca se apagava, mesmo quando assim parecia.

Tanta energia gasta a construir muros e defesas. Sorrisos perdidos, sonhos não alcançados. Tudo destruido com um simples olhar. Com um sorriso. As barreiras cairam como se de papel fossem feitas.

E aceitou-se, porque não se podia fazer mais nada. O mal estava feito e não havia como voltar atrás. Não houve tempo para arrependimentos ou inversões estratégicas.

E lidou-se com isso, mais ou menos, durante muito tempo. Numa semi-obscuridade, num segredo partilhado com todos. Porque as barreiras foram tão destruídas que já não havia capacidade para ocultar o que se passava.

E com o passar do tempo elas foram sendo reconstruidas. Devagar, sofrendo uns abalos de vez em quando, mas sentindo a urgência a cada novo embate.

O tempo conseguiu erguê-las de novo, mas deixou sempre uma fenda aberta para aquele sorriso que as havia destruido. Enquanto ele pudesse espreitar por aquela fresta, a probabilidade de as quebrar novamente seria menor.

Até um dia. Em que as destruiu quase por completo novamente.

Mas desta vez elas estavam fortalecidas e resistiram ao embate. De momento. Porque as fundações continuam em risco de ruina. E a cada dia que passa, a cada pequeno abalo elas mostram mais a fragilidade que nelas habita.

E a dor que isso lhes traz é quase insuportável. Mas é apenas quase. E de alguma forma elas hão-de resistir e voltar a ser o que eram. Talvez mais fortes ainda!
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Porque tosse? Porque há coisas que se agarram a nós de tal forma que sao piores que a tosse...

Saturday, September 27, 2008

Chuva

Para aqueles que não tenham tido oportunidade de reparar: hoje voltou a chuva! Aquela do Outono e Inverno, que lava mesmo os carros em vez de os deixar ainda mais sujos!

Gosto de chuva quando posso estar dentro de casa a ouvi-la bater nas janelas. Sinto-me segura, não sei bem porquê.

E gosto de sair quando ela pára, ver tudo molhado e sentir aquilo cheiro maravilhoso a terra molhada. Aquele cheiro que adivinha a vida que está para vir depois da chegada da água.

Gosto de ver os pastos a tingirem-se de verde. Gosto das árvores cujas folhas ficam em tons de castanho e vermelho e que as deixam cair.

Gosto do processo. Porque para se recuperar há que primeiro despir-se das coisas velhas, deixar mesmo que o vento as leve.

Ou seja, acho que gosto do outono da minha meninice, na altura em que as estações do ano eram mesmo quatro e que dava para arrumar a roupa de Verão nos fins de Setembro e só a ir buscar novamente na Primavera.

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Obviamente que quando resolvi abrir esta página para escrever algo não tencionava dissertar acerca do tempo... isso é daquelas coisas que se fazem no elevador, ou nos transportes públicos...ou quando não se tem mesmo mais nada para dizer...

Deve ser ali a última opção. Porque no fundo nada de novo há a dizer. Tudo se mantém. Estagnado, parado, sem novidades.

Parece que para elas surgirem temos de fazer algo por isso? pelo menos é o que consta por aí.

Claro que isso implica acção, movimento, vontade.... Tudo coisas altamente incompativeis com a chuva a bater na janela! Lamento, mas o tempo está contra mim e tenho de ir até ali fora para snifar aquele cheirinho a terra! Pode ser que me inspire e deixe o vento levar todas aquelas coisas velhas e inúteis que tenho guardadas dentro de mim para que uma nova eu possa nascer, igual mas mais forte que antes.

Até breve!

Tuesday, September 16, 2008

Tempo contado

"Bem me parecia que já durava há muito tempo"

Ouvi esta frase hoje. E referia-se a mim. Aparentemente sou uma pessoa que se farta das coisas muito depressa e que se nota perfeitamente...
Mas será que é verdade? A frase aplicava-se a um caso muito particular, mas a pessoa que a proferiu resolveu torná-la geral, como se me conhecesse perfeitamente.
Fiquei a pensar nisso.
Possivelmente sou mesmo assim. Canso-me das situações depressa porque as vivo intensamente. Ou pelo menos até ao ponto em que me permito vivê-las.

Estou a enganar-me a mim própria e às vezes consigo enganar quem me rodeia! Curioso, não?

O mais "particular" da questão toda é que eu pura e simplesmente não me permito viver as situações que realmente desejo. Idealizo-as mas não as concretizo. E depois elas perseguem-me por muito tempo. E parecem-me sempre as ideais. E se as vivesse o mais certo era perderem a aura de especiais... E desses nunca me canso ou enjoo...

Posso chatear-me de músicas, de sítios, de caras, de transportes, de comidas...sei lá, de quase tudo. Mas não me canso daquilo que realmente quero. Daquilo que amo.

Também sei que é palavra que não uso. Afirmo até muitas vezes que sou incapaz de amar. Secalhar é verdade, mas prefiro acreditar que talvez consiga. Só tenho falhado redondamente com o que amo...

E também sei que esta temática não é nova, mas tive de vir escrever isto.

Sunday, September 14, 2008

Regresso às aulas...ou ao trabalho...ou algo assim

Tecnicamente o meu regresso ao trabalho ocorrerá no dia de hoje, pelas 9h da manhã.
Curiosamente (ou não) a vontade é absolutamente nula! Não me apetece ir fazer o trabalho, nem ver as pessoas, nem ir para lá...Enfim, não me apetece. Preferia ficar em casa a hibernar o dia todo, coisa que não tive oportunidade de fazer nestas férias...
Em termos de rescaldo... as férias foram muito porreiras, o unico problema foi mesmo a duração, que deveria ter sido muito maior que a que foi. A minha sanidade mental beneficiaria em muito de mais.. sei lá... um mês longe daquilo tudo! Secalhar a melhor estratégia seria mostrar à minha médica que sou mais louca que ela e tinha logo um papelinho a dar-me uma baixa psiquiátrica! Mas como não me apetece passar uma temporada na Av. do Brasil, prefiro continuar a brincar à sanidade mental!

A minha princesa muda de casa amanhã.

E isso muda tudo para mim. Morro um bocadinho de cada vez que penso nisso, mas
é algo que podera ser benefico para ela. É só aceitar.

Sunday, September 07, 2008

Palavras soltas

E cá estou eu novamente.
Deveria estar a dormir, mas a insónia que agora me atacou não me permite que o faça. Passei o dia em sofrimento por não me conseguir deitar e descansar, e agora que me deitei não adormeci... Realmente viva a ironia.

O dia de hoje serviu-me para me lembrar de algumas coisas. Nomeadamente de algo que aconteceu há aproximadamente 2 anos. Corria o ano de 2006 e eu pela primeira vez tive a sensação de ter conhecido alguém desde sempre ao primeiro olhar. Para quem acredite em reencarnação: eu tinha a certeza que em alguma vida já tinha conhecido aquela pessoa! E tornamo-nos "amigos". Ainda hoje é das pessoas com quem tenho mais à-vontade (a nivel físico, vá...), senão a que tenho mais.

E curiosamente ontem à noite, numa saída absolutamente estranha e envolta em contornos difíceis (supostamente estariamos no Avante, quando na verdade andavamos a tentar descobrir o caminho para o Rodizio de Palhais...)encontrei alguem relativamente a quem tive exactamente a mesma sensação! Muiiiito estranho. Não sei se foi reciproco, mas lá que tive uma saída noturna com retorno diurno espectacular...

E porque estou a escrever isto aqui? Não sei bem, mas achei por bem deixar registado que é bom ousar e arriscar sair da toca e encontrar novos espécimes. Pode ser que hajam surpresas! :)

(Caso dúvidas hajam, estou a falar em termos meramente a nível de amizade!)