Tuesday, March 30, 2010

#12 de 2010



Porquê este vídeo? Nenhum motivo em especial. É uma música de que gosto e que me segreda palavras dedicadas. Aquilo que se sente explica-se? Acho que não. Aquilo que se sente esmiuça-se mesmo que nada com sentido surja? Claro que sim!

Aquele momento pelo qual ansiava há 6 meses não chegou... Foi antes adiado por mais 3 (?) meses. Mas subitamente já não sou "reclusa". Tenho a liberdade para sair e retomar a minha vida anterior. Mas não é isso que eu quero! Não quero transportar a minha realidade actual para a minha vida quotidiana. Não a quero tornar na minha realidade. Não quero ter de me adaptar a algo que é provisório. Fuga da realidade? Sem dúvida! Faço-o (in)conscientemente e nem tento evitar.

Voltei ao trabalho. 9h por dia finjo que sou a Paty de antes. Ou seja, finjo que sou a Paty que fingia ser. Mas com adaptações. A fingir que sou a Paty (fingida) de antes perfeitamente adaptada à nova situação. This sucks!


Hoje, naquela minha vida paralela, "perdi" um amigo. Que desistiu daquilo e se vai dedicar a outras coisas. A tricotar ou a viver, não sei bem. Fomos, durante cerca de um ano, inimigos. Depois de uma forma clandestina tornamo-nos amigos. Com esforço e diligência conseguimos dizer que eramos amigos. E agora ele desistiu. E deixou-me, à vista de todos, uma despedida. A mim, à antiga inimiga e depois amiga secreta com quem não falava há meses. Doeu um bocadinho vê-lo partir. Porque da (pouca) piada que ainda achava naquilo, um bocadinho perdeu-se agora... Cya MT...

Tenho mais para escrever... O que me apetecia mesmo era colar aqui a alma. Mas isso implicava que eu soubesse do paradeiro da mesma. Bolas, passo a vida a perder cenas!


Sunday, March 21, 2010

Devaneiros alheios - 1

"Nessas coisas, honra lhes seja feita, os homens são mais irracionais do que as mulheres: são capazes de atravessar um oceano só porque lhes arde um desejo entre as pernas (...)"

in Rio das Flores, Miguel Sousa Tavares

LOLOLOLOLOL

Esta frase, por motivos de índole bastante pessoal, consegue raiar o hilariante para mim!

Se não leu o livro e gostaria de ler, por favor páre a leitura deste post de imediato! Seguem-se comentários que podem eventualmente ser considerados spoilers...
Li este livro porque o meu pai o devorou. Achei que se tinha merecido a atenção dele, poderia seguir-lhe o exemplo e tentar. Conta a história de uma família abastada do Alentejo, mais precisamente de dois irmãos, Diogo e Pedro. Não me vou alongar em explicações, digo só que o Diogo, personagem de quem não gostei (odiei o Pedro ao início, mas acabei por afeiçoar-me...nada como uma personagem sofrida para me conquistar), tinha um amor pela sua terra, pela família e por aquilo que conhecia. Mas tinha também um desejo de conhecer outros horizontes, de procurar no Mundo o lugar que lhe estava destinado, não por nascimento, mas por pertença... E ele tentou, mesmo com as amarras que ficavam para trás e a mágoa de trair o que lhe era familiar. Quem o amava e acarinhava, que lhe amparava as quedas e os devaneios. Família, amigos, terra... Sofreu e magoou muito mais. Perdeu no processo pessoas que lhe eram antes vitais.
Não gostei da personagem por isso mesmo, por ter magoado pessoas que o amavam e que sempre tinham estado lá para ele. mas acabei por me identificar com os sentimentos dele. Procurar o nosso lugar e o que nos completa será assim tão errado?

Tuesday, March 16, 2010

Crónicas de uma "reclusa" - 3

Este fim-de-semana o Sol resolveu fazer uma visita, a preparar a chegada da Primavera. E não fomos imunes ao apelo do calor e saímos, qual réptil em busca do calor que não consegue produzir...

First stop: Foz do Arelho


Com o Inverno que este ano realmente tivemos, o mar resolveu empurrar toneladas de areia e mudar um bocadinho a configuração da baía... já para não falar na areia que ainda está pela estrada marginal, como a provar que a fúria do mar foi grande este ano!

Next stop: S. Martinho do Porto


O mar estava lindo e até deu para sentir um bocadinho de inveja da moça que estava deitada na areia, de óculos de Sol a aproveitar o calorzinho bom que estava.


3rd and last stop: Nazaré




Almocinho com vista para o mar... Restaurante APINHADO, os empregados nem conseguiam passar entre as mesas sem que os clientes sustivessem a respiração para emagrecer uns cms à pressa...
Subimos até ao ponto mais turístico da Nazaré, comi uma castanha do Brasil graças à simpatia de uma nazarena que vendia frutos secos e despedimo-nos do mar por ali...

Rumo a Alcobaça, paragem em Turquel (aqueles queques de amêndoa são mesmo maravilhosos...) e chegamos a casa, um bocadinho mais arejados que antes.

Foi um dia bom, embora de revelações... que ficarão para um posto noutro dia, noutra altura, com outra disposição.

Até breve!


Thursday, March 04, 2010

Let's look at the trailer - I

Não é uma obra prima da 7ª arte. Não está ao nível da Academia. Mas faz rir! É um filme divertido, bem interpretado, adaptado de um livro hilariante. E vi-o finalmente... com uma qualidade de imagem duvidosa, mas aceitável. E gostei... muito!
Este post não espera ser eloquente, inteligente ou interessante, visa tão somente partilhar algo que fiz [ver este filme] e me fez sorrir. Porque as coisas boas também são para ser partilhadas. E se algo nos faz bem à alma, por muito disparatado que pareça ou ridículo de assumir... porque não? Por isso, vejam o filme, com pipocas se assim o quiserem, e deixem-se levar pelas piadas simples e o humor inocente. Só para voltarmos a ser crianças por um bocadinho...


Eu por mim posso dizer que gostei :)

Crónicas de uma "reclusa" - 2


Um dos meus sítios, onde costumava ir para estar comigo e pensar. Ver o campo e aquilo que me é precioso, sentir-me um bocadinho mais calma quando ali estou, só a ouvir o vento e a olhar sem destino certo...Vê-se água ao longe... parece que tem chovido e que a lezíria está a recuperar com toda esta água. As garças andam felizes patinhando por charcas e poças...

Gosto disto. Gosto de viver num sítio em que o vento faz a curva, onde consigo parar e pensar naquilo que quero ou preciso. Gosto de poder olhar o horizonte e ver um bocadinho mais do que prédios e estradas.

Deu-me para a nostalgia de algo que tenho e que não quero perder...