Tuesday, July 15, 2008

Ontem à noitinha...

Pensei em vir escrever a este espaço. Mas a preguiça e os lençóis impediram-me de vir ligar o computador. Grande erro, é muito melhor ter de me levantar hoje de madrugada para o fazer! Não é que já tenha dormido, mas ter de enfrentar a luz é chato...
Ora bem, pensava eu que tinha de vir aqui escrever as palavras que conheço e não sei juntar. Escrever o que me vai na alma e não sei explicar. Ora que bonito, isto lido rápido até rima e tudo!
Mas continuando o devaneio sem sentido que só vai ser lido daqui a um porradão de tempo (porque com a assiduidade que tenho a este blog até eu desisto de o vir ver!!) mais acrescento que não tenho puto de ideia do que hei-de para aqui contar... Aliás, para dizer algo como "não tenho puto de ideia" é porque o desespero é muito mesmo!!!
Vou contar uma história! Daquelas mesmo más e foleiras que há muitos anos as adolescentes compravam nos quiosques (felizmente nunca fui dessas, mil vezes o Tio Patinhas a comprar uma Bianca ou uma Sabrina - e não é que vi coisas dessas, velhas a cair aos bocados, à venda numa feira do livro??? A semana passada! E pelos vistos havia compradores e tudo...- mas adiante!!).
Ia eu escrevendo que tencionava contar uma história... Segue a referida:

"Era uma vez (lembro-me vagamento de ter começado outro post assim, tenho de fazer umas listagens de coisas a não repetir! - nomeadamente comentários parvos no meio de histórias sérias) uma árvore que vivia defronte a uma casa. Era uma árvore simples e despretensiosa. No Verão dava pêras e sombra, para além de albergar algumas famílias de passaritos. E no Inverno estava lá, firme e forte, parecendo aguentar todas as intempéries. Era uma simples pereira, sem grande história própria. Havia sido plantada muitos anos atrás, quando ainda não havia casa à sua frente. Ela cresceu e eventualmente cresceu a casa ao pé dela. E ela ficou com uma vista privilegiada para a entrada daquele lar. Porque aquele era mesmo um lar, com crianças e risos. Mesmo daquelas cenas à filme americano, com os meninos a brincarem felizes à sombra da dita pereira... E isso não mudou muito..."
pelo menos neste post idiota que insisto em escrever. Que raio de ideia falar da pereira aqui à frente da casa. Eu que nem gosto muito de pêras.... Ainda se fosse o pessegueiro ali do quintal, esse sim, mas a única vista que tem é mesmo para as galinheiras e isso é um grande aborrecimento além de que ainda desatava aqui a espirrar com o pó das penas...
Portanto... Uma vez que não quis apagar o que escrevi até agora, só me resta recomeçar (quase) tudo de novo...
Olha que se lixe! Assim como assim este blog foi começado para ser um diário online e quem sou eu (bem... a autora, mas isso é um pormaior) para mudar a finalidade do espaço?
2ª tentativa:
"Querido diário,
já passou algum tempo desde a última xx q aqui escrevi. Não é que não se tenham passado coisas, eu é que não tenho tido a capacidade de as vir aqui escrever... Algumas porque são demasiado pessoais, outras porque são demasiado dolorosas... outras que são demasiado parvas para serem partilhadas. E viva esta mega noção do ridículo, que chega ela própria a ser ridícula de impeditiva...
Bolas, fui interropida por uma sms... Perdi o fio de raciocínio que finalmente tinha encontrado. Mas curiosamente a sms trocada tem precisamente a ver com a (in)capacidade de desabafar enquanto se escreve. Antes fazia muito isso. Tive diários (ou cadernos, como quer que lhe queiram chamar) até muito tarde mesmo. Tipo... Até começar a trabalhar. Será que o trabalho que tenho matou em mim a vontade de escrever? Eu farto-me de divulgar que estou cada xx mais burra e limitada. Que é o trabalho um dos principais culpados. Será que este é só o sintoma mais visível para mim? Que é feito das longas cartas manuscritas que enviava a pessoas que via diariamente? Das páginas de textos sem sentido que gostava de escrever e que chamava quase invariavelmente
Alinhar à direita de "algo"? Da capacidade de deixar fluir por palavras aquilo que me ia na alma e que não consegui a verbalizar? All gone! E não vejo a situação a inverter. Apesar de estar aqui a teclar quase furiosamente (e isso é muito literal que este computador tem as teclas mais rijas que ja conheci em dias da minha vida) não estou a sentir a alma mais leve...
Hoje fui buscar a princesa ao infantário. Pensei em aproveitar o dia de férias e fazer-lhe uma surpresa. Ela normalmente delira quando a vou buscar ao infantário. Mas hoje não. cheguei lá, e como a minha chegada impossibilitou uns minutos mais a brincar com os amigos no recreio, amuou. Disse tudo aquilo que os miudos mimados dizem e fez quase tudo o que fazem. Coisas para as quais, infelizmente, já estou mais que vacinada. Mas hoje, por algum motivo que desconheço, ouvir o que ela disse magoou. E muito. Ou então foi a gota de água que faltava para encher um copo já muito cheio. Ela veio o caminho para casa amuada, a rabujar de xx em qd (especialmente quando um gato se atravessou à frente do carro e tive de testar os travões do carro às pressas), e eu vim o caminho todo a tentar engolir a bola que se tinha formado na minha garganta. Curioso como esta expressão pode ser tão literal... Vim a casa, entreguei-a à mãe e voltei a sair. Entrei no FU e percebi que não tinha para onde ir... Arranquei na mesma. E foi para o meu sítio. Para um cantinho à beira rio onde me sinto bem. Estive lá uma hora e tal. Dentro do carro, à sombra de um salgueiro a olhar para a maré que vazava e para as limícolas que por lá passavam. Muito ao longe via um casal a pescar e pensei que seria uma boa ideia andar com a cana no carro. E durante aquele tempo que ali estive pensei no bem que me faria chorar... e nem uma lágrima caiu. Nem daquelas enervantes que me fazem passar vergonhas no comboio, qd choro de tanto bocejar...
E o nó foi-se desfazendo, muito devagar. Não saiu completamente, mas aquela vista consegue sempre limpar-me um bocadinho o horizonte. Claro que quando cheguei a casa e disse onde tinha estado ouvi porque sou doida e aquilo está sempre deserto e é um perigo... o blá blá do costume. Eu sei que se preocupem, mas canalizem para coisas melhores, tá?
E o pior é que não sei ao certo como se desfaz este nó permanente no cérebro...
Recebi uma sms tão boa, que resumia tão bem aquilo que se sente... Mas como tenho a inteligência de uma alface apaguei...e a agora nem posso transcrever...
Quando era miuda fazia listas de coisas que tinha de fazer. Nada de grandes planos, coisas a curto médio prazo que queria e precisava fazer. E na altura, melhor ou pior, funcionava. Mas agora, por muito bem estruturada que essa lista esteja na minha cabeça, não a consigo concretizar...
E nem são assim muitas coisas, são é de grande dimensão!
E penso que devia pensar nas coisas que realmente fazem diferença para mim, que me fazem falta. Que devia resolver aquilo que está ao meu alcance. Assim de repente lembro-me de uma operação que está adiada há pelo menos 7 meses... de dois exames que vão sendo negligenciados (obrigadinha Susana, os meus pais não sabiam e eu teria preferido que se tivesse mantido assim)... e não estou a ver mais nada. Já nem falo em tratar desta tosse irritante que me acompanha ja nem sei há quanto tempo, que isso é tão ridículo que nem lembra a ng.
Ao invés disso ando a maturar em situações que não tenho como resolver, que envolvem pessoas muiiito próximas. Ou em situações que, por serem tão pontuais, não deviam ser pensadas mais do que o obrigatório. Ou em ziliões de outras coisas completamente insignificantes. Que ocupam espaço. Que moem o cérebro. Que o impedem de processar e tratar da info importante.
E como não consigo processar, vou fazendo escolha errada atrás de escolha errada. Ou então não... Afinal que escolhas tenho eu feito? Que tenho feito da minha vida? A resposta é simples: NADA! Tenho 26 (!!! dass....!!) anos e não atingi rigorosamente nada! "Cadê" a estabilidade? O amor? O emprego? Onde está a Paty projectada que nem parecida com o projecto ficou?
...
Fico-me por aqui, já escrevi coisas a mais, que nem vou reler para não ter a tentação de ler... Acrescento só que hoje me escreveram "já tax em idd d n trx só curtx, n keres um gajuh a seriuh?" (ou algo nesta onda). Nem sabia muito bem o que responder... É que nem as curtes andam para ai em alta, nc fui pessoa disso (PARVA) e mm qd elas surgem (as oportunidades) tenho tendência a fugir à última da hora... There must be something very wrong with me..

Kiss kiss

Até daqui a ???

Paty