Pode ser o tempo, podem ser os pólenes, posso ser só eu. Mas o certo é que de vez em quando preciso de hibernar. Por períodos maiores ou menores, preciso disso para me encontrar. Vocês que me conhecem já sabem reconhecer os sinais. E percebem-nos. E (sei lá eu como) aturam-me. Nem sabem o quanto vos agradeço por isso. O quanto isso é importante para mim...
Mas hoje venho quebrar o silêncio, até porque já tenho saudades de me ver escrita. É egocentrismo, eu sei, mas também tenho direito, não tenho?
Mas voltando à vaca fria (e por falar em vacas, o raio da música passou-me, dá para acreditar? Sou mesmo uma nódoa, a culpa é de não ter aprendido as músicas na altura certa, agora passou o timming...), o que me chateia não são estes períodos em si, é mesmo o facto de eles agora serem cada vez mais frequentes. Antes era coisa passageira, mesmo passageira, mas agora instalam-se de armas e bagagens, mesmo para ficar e moer! E moem. Especialmente por não lhes conseguir atribuir uma causa lógica mas achar sempre que se devem aos mesmos problemas (ou a cenas que não sendo verdadeiros problemas para mim são causadores de muitas dores de cabeça - e não me venham com a teoria da falta de café que tirei a prova estes dias e não estou viciada!). Mas como eu ia escrevendo, se há coisa que acho que posso afirmar de mim é: sou mesmo limitada e então vou repetindo os problemas! Falta de criatividade em arranjar uns novos? Falta de capacidade? Ou tem a ver com o facto de ir avançando sem resolver os antigos? Vou deixando para trás na esperança de que eles se auto-resolvam, ou pura e simplesmente desapareçam, mas não tenho muita sorte e de vez em quando lá pulam eles do mais profundo do meu cérebro, para mostrar que, pelo menos na minha cabeça, continuam por resolver.
E sei (ao menos uma coisa que sei), que o início da resolução de qualquer problema (imaginário ou não) começa na nossa própria mente! Temos de identificá-lo, aceitá-lo (esta parte é complicada) e arranjar uma forma de lidar com ele e, se possível, resolvê-lo!
Claro que isto às 2 da manhã, na véspera de um dia em que tenho exame de uma cadeira que estou mesmo a detestar, faz tudo imenso sentido!!!
Mas também é um facto que digo (e escrevo) muitas coisas sem sentido! E hoje que me senti capaz de pôr por escrito aquilo que me ia na mente parece-me um bom dia para o fazer!
Portanto, depois de algumas linhas de devaneio, cá vai:
...
...
...
Ora bem, pensei que isto agora fosse fluir, depois de uma introdução como aquela...
Não me correu bem, pois não? Será que o que tinha mesmo vontade era de escrever? Qualquer coisa?
Posso dizer aqui, publicamente, que aquela cena que me anda a comer as 6ªs à noite, os sábados e parte significativa do meu salário é um tremendo erro na minha vida! Donde tirei a ideia peregrina que devia fazer isto não sei! Só sei que agora tenho de andar mais não sei quantos meses a desembolsar umas massas e a fingir que me interesso... Ou então não... Os primeiros tempos foram fixes, mas agora... Não sei se será cansaço, mas a mim soa-me mesmo a desinteresse. Completo e sincero. E no entanto agora tenho de ir até ao fim.... Treta! Claro que isso já me aconteceu uma vez! Novamente a história dos erros repetidos!
Resolução: aguentar-me! Nesta não tenho grande remédio...
E o trabalho? Aquilo que eu faço que me garante o sustento? Estou FARTA! Não de trabalhar (isso também, mas acho que é porque preciso de desligar), mas da monotonia! E da sensação de estar a ficar mais estúpida by the minute. Porque estou mesmo. A perder as capacidades que até tenho (tinha?). A não aprender nem evoluir. Mas também sei que não tenho feito muito para contrariar isto. Quase quase que me acomodei. Porque desisti de acreditar. Já não acredito que possa fazer algo diferente, que tenha capacidade para isso. Das poucas coisas que decorei para o exame para amanhã (e que li também, mas isso já é um pormenor) é uma pseudo fórmula que diz que a motivação = vontade x convicção. Não acredito que a tenha percebido inteiramente, mas acho que para estar motivada teria de perceber aquilo que quero efectivamente fazer (a minha vontade) e acreditar que o posso verdadeiramente fazer. Mas será que ninguém me pode dar uma ajudinha e dizer-me o que é que eu quero fazer e ainda não percebi?
Resolução: não faço a mais pálida ideia...
Também lá pelo meio dos slides do prof diz qualquer coisa acerca de grupos de referência... E precisamente um dos exemplos que o prof dá, de um grupo dissociativo, dos quais ninguém quer fazer parte e de onde as pessoas geralmente fogem (o exemplo está mesmo lá, vê-se um bonequinho a correr para longe desse grupo) é um grupo no qual eu estou inserida! Isso para a auto-estima é do best... E depois é suposto eu ter vontade de ir aquelas aulas? E eu sei que podia tentar mudar e passar para o outro grupo, mas isso far-me-ia uma pessoa melhor? Seria mais feliz por isso? Sei que posso tentar, mas será que quero? Sempre acreditei na utopia de que gostassem de mim pelo que sou, uma vez que acredito que gosto dos outros pelos que são em vez de como são ou do que têm, mas se eu própria não gosto de mim (e digo isto sinceramente, eu não me suporto e não sei como há quem consiga) como é que alguém pode gostar? E digo isto em todos os campos que consigam pensar...
Outra que me anda a dar que pensar: "Eu nunca amei"... Eu não bebo o golinho... E queria! Porque é lixado não saber como é o sentimento. E aqui creio que também sabem ao que me refiro! Mas amar e não ser amado não será igualmente lixado? Uma vez mais não sei a resposta... E esta ausência de respostas não é nada positiva, porque deixamos de ter certezas.
A minha cosmovisão anda lixada, porque as histórias em que confortavelmente acreditava estão a ser derrubadas uma a uma. Isto já devia ter acontecido há mais tempo... Tipo assim... Quando passei para a fase pré-adulta... Mas não passou! E agora que me sinto numa idade em que devia ter algumas certezas e respostas não tenho. Falhei. Uma vez mais.
Tenho falado muito acerca da (in)capacidade de ver o lado positivo da vida. Parece que é hereditário. E que corre na minha família. E que é um caracter que só se mostra numa fase mais tardia do desenvolvimento. Ou que está condicionado pelo tempo...Ou pelos pólenes...
E agora que vos escrevi uma carta, como se de uma folha de um diário se tratasse, vou até ali dormir num instantinho, para acordar cedo, entrar em modo automático e passar mais um dia... Já calculavam que fosse aparecer algo assim por aqui, só faltava eu escrever mesmo não era?... Ao menos que mantenha a minha previsibilidade...
Mas hoje venho quebrar o silêncio, até porque já tenho saudades de me ver escrita. É egocentrismo, eu sei, mas também tenho direito, não tenho?
Mas voltando à vaca fria (e por falar em vacas, o raio da música passou-me, dá para acreditar? Sou mesmo uma nódoa, a culpa é de não ter aprendido as músicas na altura certa, agora passou o timming...), o que me chateia não são estes períodos em si, é mesmo o facto de eles agora serem cada vez mais frequentes. Antes era coisa passageira, mesmo passageira, mas agora instalam-se de armas e bagagens, mesmo para ficar e moer! E moem. Especialmente por não lhes conseguir atribuir uma causa lógica mas achar sempre que se devem aos mesmos problemas (ou a cenas que não sendo verdadeiros problemas para mim são causadores de muitas dores de cabeça - e não me venham com a teoria da falta de café que tirei a prova estes dias e não estou viciada!). Mas como eu ia escrevendo, se há coisa que acho que posso afirmar de mim é: sou mesmo limitada e então vou repetindo os problemas! Falta de criatividade em arranjar uns novos? Falta de capacidade? Ou tem a ver com o facto de ir avançando sem resolver os antigos? Vou deixando para trás na esperança de que eles se auto-resolvam, ou pura e simplesmente desapareçam, mas não tenho muita sorte e de vez em quando lá pulam eles do mais profundo do meu cérebro, para mostrar que, pelo menos na minha cabeça, continuam por resolver.
E sei (ao menos uma coisa que sei), que o início da resolução de qualquer problema (imaginário ou não) começa na nossa própria mente! Temos de identificá-lo, aceitá-lo (esta parte é complicada) e arranjar uma forma de lidar com ele e, se possível, resolvê-lo!
Claro que isto às 2 da manhã, na véspera de um dia em que tenho exame de uma cadeira que estou mesmo a detestar, faz tudo imenso sentido!!!
Mas também é um facto que digo (e escrevo) muitas coisas sem sentido! E hoje que me senti capaz de pôr por escrito aquilo que me ia na mente parece-me um bom dia para o fazer!
Portanto, depois de algumas linhas de devaneio, cá vai:
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Ora bem, pensei que isto agora fosse fluir, depois de uma introdução como aquela...
Não me correu bem, pois não? Será que o que tinha mesmo vontade era de escrever? Qualquer coisa?
Posso dizer aqui, publicamente, que aquela cena que me anda a comer as 6ªs à noite, os sábados e parte significativa do meu salário é um tremendo erro na minha vida! Donde tirei a ideia peregrina que devia fazer isto não sei! Só sei que agora tenho de andar mais não sei quantos meses a desembolsar umas massas e a fingir que me interesso... Ou então não... Os primeiros tempos foram fixes, mas agora... Não sei se será cansaço, mas a mim soa-me mesmo a desinteresse. Completo e sincero. E no entanto agora tenho de ir até ao fim.... Treta! Claro que isso já me aconteceu uma vez! Novamente a história dos erros repetidos!
Resolução: aguentar-me! Nesta não tenho grande remédio...
E o trabalho? Aquilo que eu faço que me garante o sustento? Estou FARTA! Não de trabalhar (isso também, mas acho que é porque preciso de desligar), mas da monotonia! E da sensação de estar a ficar mais estúpida by the minute. Porque estou mesmo. A perder as capacidades que até tenho (tinha?). A não aprender nem evoluir. Mas também sei que não tenho feito muito para contrariar isto. Quase quase que me acomodei. Porque desisti de acreditar. Já não acredito que possa fazer algo diferente, que tenha capacidade para isso. Das poucas coisas que decorei para o exame para amanhã (e que li também, mas isso já é um pormenor) é uma pseudo fórmula que diz que a motivação = vontade x convicção. Não acredito que a tenha percebido inteiramente, mas acho que para estar motivada teria de perceber aquilo que quero efectivamente fazer (a minha vontade) e acreditar que o posso verdadeiramente fazer. Mas será que ninguém me pode dar uma ajudinha e dizer-me o que é que eu quero fazer e ainda não percebi?
Resolução: não faço a mais pálida ideia...
Também lá pelo meio dos slides do prof diz qualquer coisa acerca de grupos de referência... E precisamente um dos exemplos que o prof dá, de um grupo dissociativo, dos quais ninguém quer fazer parte e de onde as pessoas geralmente fogem (o exemplo está mesmo lá, vê-se um bonequinho a correr para longe desse grupo) é um grupo no qual eu estou inserida! Isso para a auto-estima é do best... E depois é suposto eu ter vontade de ir aquelas aulas? E eu sei que podia tentar mudar e passar para o outro grupo, mas isso far-me-ia uma pessoa melhor? Seria mais feliz por isso? Sei que posso tentar, mas será que quero? Sempre acreditei na utopia de que gostassem de mim pelo que sou, uma vez que acredito que gosto dos outros pelos que são em vez de como são ou do que têm, mas se eu própria não gosto de mim (e digo isto sinceramente, eu não me suporto e não sei como há quem consiga) como é que alguém pode gostar? E digo isto em todos os campos que consigam pensar...
Outra que me anda a dar que pensar: "Eu nunca amei"... Eu não bebo o golinho... E queria! Porque é lixado não saber como é o sentimento. E aqui creio que também sabem ao que me refiro! Mas amar e não ser amado não será igualmente lixado? Uma vez mais não sei a resposta... E esta ausência de respostas não é nada positiva, porque deixamos de ter certezas.
A minha cosmovisão anda lixada, porque as histórias em que confortavelmente acreditava estão a ser derrubadas uma a uma. Isto já devia ter acontecido há mais tempo... Tipo assim... Quando passei para a fase pré-adulta... Mas não passou! E agora que me sinto numa idade em que devia ter algumas certezas e respostas não tenho. Falhei. Uma vez mais.
Tenho falado muito acerca da (in)capacidade de ver o lado positivo da vida. Parece que é hereditário. E que corre na minha família. E que é um caracter que só se mostra numa fase mais tardia do desenvolvimento. Ou que está condicionado pelo tempo...Ou pelos pólenes...
E agora que vos escrevi uma carta, como se de uma folha de um diário se tratasse, vou até ali dormir num instantinho, para acordar cedo, entrar em modo automático e passar mais um dia... Já calculavam que fosse aparecer algo assim por aqui, só faltava eu escrever mesmo não era?... Ao menos que mantenha a minha previsibilidade...