A ave está viva. Mesmo. E fica assim deitadinha até que a abanemos. Ou a atiremos ao ar (note-se que é uma ave, vai voar depois do lançamento, não se vai estatelar num qualquer pinheiro...).
E enquanto ela está lá deitadinha vão-se fazendo comentários muito mauzinhos acerca da incapacidade da ave de sair da nossa mão voluntariamente... De ser pouco inteligente... Mas lá bem no fundo queremos que ela lá fique. Porque é bom. Porque gostamos de a ter na nossa mão. E não fazemos nada para que saia, mesmo que o devessemos fazer... E quando ela efectivamente sai sozinha (nem que seja porque uma brisa a abanou) fica uma mágoa. Muito pequenina, por já não a termos connosco...
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Não tenho um guarda-rios na mão há perto de dois anos. E parece que está a acontecer agora. Estranho...